A Base Nacional Comum Curricular propõe construir o domínio progressivo das práticas de letramento, focalizando a produção de textos em diferentes gêneros, a partir da situação comunicativa das práticas de linguagens e seus campos de atuação, sempre tendo em vista a interatividade, protagonismo e autoria. Nos primeiros anos, isso representa saber para que serve a escrita e como ser capaz de começar a praticá-la. O presente artigo tem por finalidade compreender as contribuições da produção textual no processo de alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental através do projeto “Eu sou Escritor”, implementado no ano de 2021 e desenvolvido durante o ano letivo de 2022, na rede pública de ensino do município de Tianguá-Ceará. Caracterizada metodologicamente, como uma pesquisa qualitativa, com que utiliza, enquanto procedimentos técnicos, a pesquisa-ação. Busca dialogar a teoria através de autores como Geraldi (1997, 2006), Macedo (2005), Leal (2005), Glayds Rocha (2005), tecendo contribuições que colaborem com a prática de produção de texto no Ensino Fundamental. Em cada etapa percebemos gradativamente a descoberta através da escrita que deve ser iniciada e vivenciada desde cedo com as crianças, a princípio está interligada com o mundo da fantasia, do imaginário dos livros infantis, promovendo desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Os resultados alcançados através das atividades propostas em sala de aula demonstraram que o uso dos gêneros textuais como ponto de partida para a leitura e escrita no início da alfabetização, desloca a criança de uma posição menos autônoma para uma maior, em relação à sua própria escrita. Ainda que os alunos dessa etapa de ensino, não estejam plenamente apropriados do sistema de escrita alfabética, o professor pode adotar estratégias, transformando o escritor iniciante em um descobridor de conhecimentos escondidos entre as linhas de uma história.