A presente análise traz uma reflexão sobre o conceito de "ecocrítica" voltado para o livro "Os Vagabundos Iluminados" de Jack Kerouac. O livro trabalha com a relação do escritor com o budismo e simultaneamente com a condição do indíviduo com a Natureza. Como expoente da Geração Beat, que marcou o movimento de contracultura nos Estados Unidos na década de 1950, Kerouac criticou o vazio advindo da modernidade e suas consequências. Na obra "Os Vagabundos Iluminados", o escritor enfatizou a critíca ao culturalismo e à massificação da cultura, fato que marcou sua ecocrítica romântica. A vida em contato com a Natureza foi um dos caminhos para a "iluminação" e o autoconhecimento. Repleto de melancolia, Kerouac influenciou com o exato livro as primeiras gerações de mochileiros, trilheiros e adeptos do isolamento social na segunda metade do século XX. Utilizamos os conceitos de Romantismo e ecocrítica definido por Michael Lowy e Robert Sayre como entendimento para enterpretar o contexto e a crítica no momento em que a obra foi escrita.