Os estudos sobre biodiversidade ocorrem na educação básica, em ciências e biologia, a partir de unidades temáticas sobre biomas, habitats, nichos ecológicos, aspectos gerais e específicos da fauna, flora e as relações destes com fatores abióticos. Em paralelo, há a integração de tais conteúdos com disciplinas como a Geografia e a História. A Teoria Sintética da Evolução fornece embasamento teórico e metodológico para a discussão, compreensão e ensino da biodiversidade, integralizando a aprendizagem construindo elos com as demais áreas da biologia. Deste modo, o objetivo desta pesquisa é discutir as possibilidades dos estudos sobre o tema biodiversidade a partir das teorias evolutivas. Trata-se de um ensaio teórico, de natureza qualitativa, realizado a partir da revisão do tipo narrativa (ROTHER, 2007). Para estruturar os pontos apresentados nas subseções do texto, foram percorridos os seguintes caminhos metodológicos: i) análise dos documentos normativos e de orientação para o ensino de ciências e biologia (PCNs; DCEM e BNCC) a fim de conhecer como a evolução das espécies é citada; ii) levantamento de artigos sobre o tema biodiversidade e ensino de biologia, as dificuldades e potencialidades relatadas pelos autores e; iii) a elaboração de um recurso didático, com destaque para a teoria evolutiva e a biodiversidade. Como resultado, emergiram autores que destacam a excessiva segregação dos conteúdos sobre biodiversidade e da evolução das espécies, em unidades sem possibilidade de interdisciplinaridade e uma sequência didática, elaborada com base em Zaballa (1998), com três unidades de estudos, para o ensino médio. Espera-se que as discussões aqui apresentadas possam contribuir para o melhor tratamento dos conteúdos da biologia a partir das teorias evolutivas.