O estado da Paraíba possui uma vasta geodiversidade, que inclui além de minerais raros e de potencial gemológico como a Turmalina Paraíba, minerais industriais importantes, minérios auríferos, rochas ornamentais de destaque internacional, e potencial hidrogeológico. Essa potencialidade é bastante explorada pelas atividades extrativistas locais. Essas atividades, quando legalizadas, impactam positivamente na economia local, contribuindo para o desenvolvimento do estado e dos municípios em que estão inseridas. No entanto, a pequena mineração do estado, organizada em estruturas cooperativistas, por ausência de um conhecimento técnico adequado, tende a estar voltada apenas para a prática extrativista dos recursos, trazendo uma consequência ambiental ainda mais danosa ao meio em que está inserida, uma vez que, seu desenvolvimento sem o devido rigor técnico, proporciona a extração irregular e disposição de rejeitos de maneira inadequada. Nesse contexto, estão sendo desenvolvidas ações extensionistas, promovidas pelo (Bio+Geo)logia, Núcleo de Extensão do IFPB campus Campina Grande, com o objetivo de auxiliar os pequenos mineradores cooperados do estado, que atuam na extração de pegmatitos graníticos. São oferecidos levantamentos para a orientação das frentes de lavra, informações geológicas das ocorrências trabalhadas e incentivo à correta alocação das pilhas de rejeito. Além da orientação sobre os recursos minerais presentes, são promovidos encontros com os trabalhadores para discutir temas voltados para educação ambiental, impactos das ações do homem na natureza e conscientização do uso de EPI’s. Para além das palestras e encontros, estão sendo desenvolvidas pesquisas acerca da viabilidade da utilização do rejeito da Cooperativa dos Mineradores de Pedra Lavrada (COOMIPEL), para a construção civil. A partir das práticas extensionistas desenvolvidas, busca-se incentivar o desenvolvimento da mineração sustentável do estado.