De acordo com o relatório de Microdados do Censo Escolar havia, em 2019, 24.705 estudantes surdos matriculados na educação especial. Se somarmos aos 39.268 estudantes classificados como Deficientes Auditivos, temos uma população de 63.973 pessoas que podem ser usuárias da Libras em algum momento da vida escolar. Dessa forma, é fundamental pensarmos em atividades adaptadas e que permitam ao professor avaliar o aprendizado do aluno, em consonância com o recomendado pelo Plano Nacional de Educação Especial (PNEE). Este trabalho objetiva, primariamente, avaliar como um jogo digital, acessível em Libras, pode ajudar ao professor a perceber se o aluno consegue relacionar o signo numérico, através da forma escrita ou sinalizada, com a noção de quantidade. De forma secundária, buscamos identificar as competências presentes na Base Nacional Curricular Comum referentes ao princípio da contagem e como elas relacionam-se com as “quatro qualidades” de reconhecimento de número, propostas por Piaget e Szeminka (1975). A pesquisa possuiu caráter exploratório e foi vivenciada em um ambiente bilíngue com alunos surdos. Como metodologia de trabalho, utilizaremos a Design Research Science (DSR), para que tivéssemos a validação do jogo digital desenvolvido ao final do processo. Ao final, percebemos que a ferramenta teve boa aceitação por parte dos alunos, que o jogo teve importância social ao levarmos a Libras dentro de um jogo digital acessível como fator de interação entre alunos surdos e ouvintes. Além disso, percebemos a contribuição profissional com os professores de Matemática na tarefa de aprimorarmos nossas aulas a partir da avaliação da necessidade educacional do estudante. Por fim, entendemos que o trabalho contribui cientificamente por apresentar um avanço no uso da metodologia DSR, na área educacional com pessoas surdas.