Este texto é um recorte de uma pesquisa de Doutorado que avalia o impacto de um produto educacional (PE), intitulado “As Escolhas de Augustinho”, sobre os níveis de confiança (autoeficácia) de adolescentes para aderir à prática de atividades físicas (AF). Trata-se de um relato de experiência, com a utilização de oito trechos da história-ferramenta do PE como estratégia pedagógica na aplicação do tema AF e saúde nas aulas regulares de Educação Física em três turmas do primeiro ano do Ensino Médio em uma instituição pública federal. A estruturação das aulas seguiu as orientações previstas no PE, que teve quatro subtemas: estilo de vida saudável; avaliação da Atividade Física (AF); monitoramento objetivo e subjetivo da AF; avaliação do cumprimento das metas de AF. O principal referencial do PE é a Teoria Social Cognitiva (TSC) e a ação pedagógica teve nas estratégias autorregulatórias suporte para promover discussões sobre aspectos biológicos, psicológicos e sociais da AF. Os encontros foram presenciais, durante dez semanas entre os meses de abril e julho de 2022, com duração de quarenta minutos cada tempo de aula, sendo dois tempos semanais em cada turma. A divisão dos encontros foi realizada da seguinte maneira: em um primeiro momento, um trecho da história-ferramenta era apresentado, em seguida o tema saúde era aplicado, ao final de cada encontro era realizada uma roda de conversa para analisar o que foi vivenciado. Como resultados, os estudantes realizaram ações de mapeamento das áreas de lazer disponíveis em seus bairros, monitoramento e percepção da intensidade realizada na AF, construção de um diário de bordo durante três semanas para identificar os próprios níveis de AF, e, como culminância, realizou-se a leitura completa da história-ferramenta. Conclui-se que a experiência gerou reflexões interessantes nos participantes devido às discussões e questionamentos sobre o corpo na pandemia, sedentarismo e atividade física.