A presente pesquisa, em curso, teve como principal objetivo compreender as percepções das crianças de 5 e 6 anos, sobre as vivências na retomada das atividades presenciais às instituições de Educação Infantil (EI) em Divinópolis (MG), no contexto pandêmico acarretado pela Covid-19. Ademais, contemplou os seguintes objetivos específicos: (i) conhecer as percepções das crianças sobre o período em que elas estiveram distantes da escola; (ii) identificar, por meio dos relatos das crianças, quais foram as vivências propostas no processo de retomada das atividades presenciais pelas instituições de EI no contexto da pandemia; e, por fim, (iii) perceber quais vivências propostas pelas instituições de EI foram mais significativas ou não para elas. A pesquisa, de natureza qualitativa e interpretativa, do tipo investigativa, pretende contribuir para a expansão do conhecimento nos Campos de Estudos da Infância e das Crianças. O estudo foi realizado com seis crianças, e os procedimentos metodológicos adotados foram a revisão bibliográfica, entrevistas semi-estruturadas, histórias para completar e desenho. O referencial teórico-metodológico pautou-se nos estudos de BENJAMIN (1984); CRUZ (2008); QVORTRUP (2010); SARMENTO; PINTO (1997), dentre outros autores que defendem o protagonismo infantil em pesquisas com crianças. Conforme análise de dados, ainda em andamento, é possível perceber que as crianças possuem conhecimentos sobre o coronavírus e seus efeitos, que acarretaram no distanciamento social. Em relação as percepções das crianças sobre as vivências, algumas relataram que consideraram “agradável” brincar na rua e ficar em casa com a família no período em que tiveram distantes da escola. Já no retorno presencial, houveram relatos de que na escola tinham “atividades difíceis”, novas regras pós pandemia.