O presente estudo aborda o trabalho colaborativo desenvolvido na escola E.E.F.M Jornalista Rômulo Maiorana, localizada no município de Ananindeua/Pará, nas turmas de 7º, 8º e 2 Anoº do ensino fundamental maior e médio, respectivamente, com estudantes diagnosticados com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) incluídos. Para tanto, tal estudo consiste em problematizar como o governo atual tem se posicionado diante da inclusão escolar de estudantes com deficiência no ensino regular bem como demonstrar, na prática, como todos os estudantes são beneficiados ao estudarem com colegas de sala de aula com deficiência. Para tanto, dialogou-se com os seguintes autores: Capellini (2018), Oliveira (2004), Mazotta (2011), Leite, Hennig, Dias (2018), Silva (2019) e Zabala (1998) para fundamentar e nortear tal prática. A investigação, de abordagem qualitativa, foi desenvolvida por meio da modalidade pesquisa-ação com duas turmas do ensino fundamental maior e uma turma do ensino médio. A sequência didática utilizada foi dividida em cinco etapas: Na primeira, os professores lotados na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) promoveram formação on-line destinada à equipe técnica e docente da instituição quando as aulas ainda eram remotas; na formação foram esclarecidos diversos pontos como o papel e atribuições do Atendimento Educacional Especializado (AEE) bem como as atribuições da equipe de gestão e docente da escola com vistas à garantia da permanência e qualidade dos estudantes com TEA . Na segunda, quando as aulas voltaram a ser presenciais, os estudantes com segunda matrícula na SRM foram avaliados no intuito do professor, que realiza o AEE na escola, preenchesse um instrumental com orientações do CID, repertório de aprendizagem, dificuldades de aprendizagem e sugestões de adequações das atividades realizadas em contexto regular de ensino. Na terceira, o instrumento cognitivo de aprendizagem foi entregue nas mãos dos professores que receberam informações também verbais de como mediar a aprendizagem dos estudantes com deficiência. Na quarta etapa, os professores lotados na SRM realizaram formações no dia Internacional da Síndrome de Down em colaboração com os professores de Biologia para os estudantes das turmas anteriormente citadas e programação na semana de conscientização do autismo. Na quinta etapa os professores lotados na SRM reuniram-se com os docentes lotados no ensino regular para pensarem juntos nas adequações das atividades avaliativas dos estudantes em questão. Tal pesquisa apresentou como resultados a valorização dos estudantes com deficiência pelo talento e especificidades que possuíam melhorando, assim, a socialização e a aprendizagem deles no âmbito escolar. Os docentes compreenderam, na prática, que eles são os responsáveis de realizarem as adequações das atividades de sala de aula com a coordenação e/ou orientação dos professores lotados na SRM. Os estudantes sentiram-se mais motivados com atividades pensadas para eles.