A adoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino é imperativa, frente ao contexto de agravamento da crise socioambiental na atualidade. Partindo da premissa fundamental da lei Nº 9.795 (1999), a educação ambiental (EA) deve compor sistematicamente o itinerário formativo, considerando-se se o papel das instituições de ensino e pesquisa na concretização da educação como prática de cidadania. Corroborando a indicação da mesma legislação, no sentido de verificar a permanência e continuidade da educação ambiental em todos os níveis da educação brasileira, o presente trabalho teve como objetivo analisar a inserção da Educação Ambiental (EA) nos currículos dos cursos de Ensino Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Campus Vitória da Conquista. Especificamente, buscou-se identificar a alocação da disciplina/proposta, verificando a carga horária disponibilizada e ementas, e correlacionando a educação ambiental aos objetivos do curso e ao perfil do egresso. Assim realizou-se um estudo qualitativo (no que tange ao referenciamento bibliográfico para o debate qualificado das questões verificadas e à análise da presença de uma proposta ou disciplina de educação ambiental) e quantitativo (no sentido de identificar propostas, lacunas, ausências e a disposição de carga horária) cujo procedimento metodológico principal adotado foi a análise de cada projeto pedagógico dos cursos levando se em conta os objetivos, ementário e perfil do profissional egresso. A análise dos resultados indicou que a Educação Ambiental aparece de forma diversa, com alguns direcionamentos para a formação específica de alguns cursos, em alguns casos como disciplina básica e introdutória no primeiro semestre, em outros como complementar, mesmo sendo matéria obrigatória, por se encontrar no penúltimo semestre, tendo como exceção apenas o Bacharelado em Engenharia Ambiental que apresenta em toda a matriz curricular disciplinas que abordam a EA, que aparece também enquanto competência profissional do aluno egresso.