Este trabalho, tem por objetivo fazer um relato das experiências vivenciadas durante aulas de Sociologia, ministradas para alunes do 2º ano do Ensino Médio, sobre a temática de Gêneros, Sexualidades e Identidades, no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IEMA. Este escrito compromete-se ainda em apresentar reflexões acerca das contribuições dadas pelos alunes trans que participaram das aulas de Sociologia, compartilhando seus processos individuais e coletivos de incursão no contexto escolar, destacando suas demandas e principais dificuldades. Sabe-se que a inclusão é um dos princípios fundamentais para nortear qualquer prática educativa. Entretanto, quando pensamos nas questões envolvendo a diversidade sexual e de gênero na escola, percebemos que existe um silenciamento dos sujeitos que não se encaixam no padrão da hegemonia cisheteronormativa, tão estimada e valorizada pela sociedade. Para subsidiar as reflexões deste escrito, dialogamos com os teóricos Bento (2008), Butler (2017), Foucault (2018), Junqueira (2009), Louro (2004), dentre outros. Nos apropriamos ainda dos dispositivos legais como parâmetros atuais para garantia de direitos dessa população, e para fortalecer a discussão de gênero e sexualidade no ambiente escolar. A metodologia utilizada neste trabalho abrange revisão bibliográfica, observação participante, entrevistas, debates e rodas de conversa. Como resultados principais trazemos caminhos para se repensar o papel da escola e suas práticas cisheteronormativas; ampliação das vozes de corpos subversivos, periféricos e dissidentes; e o fortalecimento do reconhecimento e da garantia de direitos humanos para alunes trans.