FERREIRA, Elisa Cristina Amorim. . Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/89590>. Acesso em: 22/11/2024 10:01
A pandemia de COVID-19 abalou profundamente diversos setores sociais, dentre eles, a educação que precisou se adaptar e coexistir em ambiente remoto e presencial. Muito ainda se discute sobre as medidas tomadas durante esse período em que professores, gestores, alunos, pais e órgãos oficias tentaram equilibrar formas de dar continuidade à educação formal brasileira. A discussão sobre as diligências adotadas, todavia, não se restringiu aos diretamente envolvidos com a educação. Devido a relevância que as instituições de ensino têm e as reverberações para a sociedade, os debates sobre voltar ou não voltar ao espaço físico escolar proliferaram-se em todos os âmbitos, na mídia jornalística, por exemplo, era pauta quase diária. Por isso, olhar criticamente para o que é dito, como é dito e por quem é dito é relevante para compreendermos os discursos e as ideologias presentes nessas discussões. Diante desse contexto, buscamos neste artigo investigar os elementos discursivos que proporcionam o acesso discursivo dos agentes sociais em entrevista presente em reportagem televisiva, ao vivo, sobre esse retorno. Os fundamentos teóricos e metodológicos se baseiam nos estudos da análise crítica do discurso (ACD), em especial, Wodak (2004), Falcone (2005; 2008), Van Dijk (2010; 2015). Após a análise dos dados, foi possível concluir que, na situação comunicativa observada, os agentes sociais estão em uma relação assimétrica de poder que se materializa no acesso discursivo possuído: os jornalistas possuem o acesso livre que controla o acesso do aluno entrevistado.