Este artigo discute a interface entre a Educação Especial, na perspectiva Inclusiva, e a Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas (Epjai). Tem como objetivo analisar os processos de inclusão escolar de educandos com deficiência na Epjai, na rede municipal de ensino de Vitória da Conquista, Bahia. Conceitos como inclusão e educação especial, entrelaçados ao de educação de pessoas jovens, adultas e idosas, são problematizados à luz das políticas públicas e teorias desenvolvidas, nesses campos, apontando demandas existentes nessa interface. Trata-se de resultados de pesquisa, de natureza qualitativa, do tipo exploratório-descritivo, desenvolvida no contexto da rede municipal de ensino, envolvendo 32 escolas, com um total de 21 sujeitos. O percurso metodológico foi realizado com a aplicação de 18 questionários semiestruturados; a escrita de 35 memórias de pesquisa-formação com base nas visitas realizadas às instituições escolares e a revisão bibliográfica. Para fins de análise, os dados foram organizados em temas e subtemas, articulados à perspectiva da análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciaram a necessidade de criação de uma base de dados, com atualização anual, sobre os educandos, público-alvo da educação especial, presentes em toda a educação básica, funcionando, de forma intersetorial com a saúde, educação e assistência social, objetivando acompanhar a história educacional desses educandos e favorecendo o acesso às políticas públicas de inclusão. A visão estereotipada sobre o educando com deficiência, na qual suas capacidades de aprendizagem são subestimadas e rotuladas com base num diagnóstico precisa ser combatida. O abandono escolar não pode ser visto como um alívio para a escola, nem ser um sinônimo de fracasso para o aluno. Os processos de inclusão escolar dos educandos com deficiência na Epjai, face às múltiplas (in)visibilidades, presentes em distintos contextos, são caracterizados pela negação de direitos, bem como, pela exclusão histórica das minorias inscritas nessas modalidades.