Este trabalho busca discutir a transexualidade na escola, a partir de uma revisão de literatura que tem por base dissertações e teses. Nessa direção, se questiona o que é possível construir na escola com estudantes, professores, gestores e familiares dos discentes, a fim de pensar a diversidade sexual e a inclusão escolar. Utilizou-se estudos publicados entre os anos de 2010 e 2022 disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. São debatidos temas como: nomeação de estudantes com o nome social, uso do banheiro escolar, violência simbólica, menstruação/masculinidade, docência trans e possibilidades de práticas emancipatórias que acolham as diferenças na escola e debatam a sexualidade humana de modo a pensar a transexualidade a partir de diferentes perspectivas. Assim, compreende-se que a transexualidade não trata apenas do sexual, e sim de tudo que coloca o sujeito em reconhecimento do seu corpo com a imagem que construiu de si. Por essa razão, essa condição do sujeito fala de muito mais do que o aspecto sexual de uma determinação pela natureza. Com base nos estudos de gênero, sexualidade e educação propostos por autoras como Louro e Bento, a escola é um lugar difícil para assumir a condição transexual, contudo é também lugar onde as diferenças se encontram, com isso, as diversas identidades podem caminhar juntas e trilhar saídas que propiciem espaços socioculturais que tenham como foco o respeito às diferenças e às diversidades. Sendo assim, a partir desse viés, o professor é convocado a se reinventar. Este texto faz parte de pesquisa sobre transexualidade na escola, que se encontra em construção no Mestrado em Educação na Universidade de Caxias do Sul.