As estratégias e técnicas disciplinares ainda fazem parte das práticas cotidianas de docentes e instituições de ensino, em que os corpos dos alunos são adestrados a um padrão de comportamento considerado socialmente adequado, visando à formação de cidadãos dóceis e comportados. Ao desenvolver tais ações, a escola acaba reforçando essa prática e contribuindo para a manutenção das relações de poder e divisão de classes presentes na sociedade. Acabar com tais práticas ainda é um desafio a ser encarado. Com base nessas atitudes, este artigo apresenta o relato de uma cena de estratégia disciplinar ocorrida em uma instituição de Educação Infantil. Concomitante ao relato, busca-se dialogar com autores que discutem sobre as relações de poder disciplinar presentes na escola e analisar a forma como o discente é afetado por tais práticas em sua formação. O texto procura discutir sobre a importância da experiência cultural na formação do discente e do docente, a fim de possibilitar a autorreflexão crítica frente a esses acontecimentos e considerar o sentido da vida individual e coletiva. Este texto faz, ainda, um paralelo entre uma experiência cultural docente com caso relatado. O texto, desse modo, aborda a experiencia de produção cultural como um convite à autorreflexão e à importância da formação cultural, não apenas como lazer, mas também como formação estética e reflexiva.