O trabalho como professora do 1º segmento do ensino fundamental do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Surdos (Cap/INES) demandam estratégias de ensino e aprendizagens diferenciadas que atendam às necessidades dos nossos alunos, visto que são surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que se comunicam e constroem conhecimento por meio dessa língua. Por conseguinte, precisam de um ensino condizente a sua à realidade linguística. Assim, parte-se de uma perspectiva bilíngüe de ensino, compreendendo a contextualização ao longo do processo de ensino-aprendizagem, visto que a Língua Portuguesa é ensinada como segunda língua, para alunos que, em sua grande maioria, são filhos de pais ouvintes e chegam à idade escolar sem a primeira língua estruturada. Desta forma, argumenta-se com Lebedeff (2010); Taveira e Rosado(2017); Gesueli e Moura (2006); Prado e Macedo (2016), com objetivo de pensarmos estratégias de ensino que trabalhem constantemente as duas línguas, estruturando a primeira e ensinando a segunda, de forma a desenvolver o indivíduo como um todo, capaz de se perceber enquanto pessoa surda e se comunicar na sociedade. O ponto inicial culmina em explorar aspectos da visualidade na construção do conhecimento a ser abordado, bem como apropriar-se de recursos didáticos metodológicos que dão suporte aos estudos dos alunos, evidenciando a visualidade como ponto chave nesse processo. Apropria-se de experiências visuais (CAMPELLO,2007; STROBEL,2009) das atividades que envolvam situações vivenciadas pelos próprios educandos dentro ou fora do contexto escolar, imagens sinalizadas em Libras pelos próprios alunos, desenhos de sinais em Libras, com intuito de aproximar e relacionar conteúdo e prática.