Dentre as questões que permeiam a prática de ensinar, e no que refere esta pesquisa, ensinar geografia, destaca-se a imperatividade de a fazer dialogada com a realidade do estudante à medida que proporcione ao mesmo uma análise integrada das questões sociais e do espaço. Esse texto trará algumas reflexões acerca do ensino de geografia física, com um enfoque nos conteúdos da climatologia na escola básica de ensino. Alinhados a este pensamento, buscaremos explicitar questões pertinentes a prática docente no que concerne a como futuros profissionais da educação podem buscar caminhos para superar os modelos de ensino engendrados na memorização, que carregam um olhar meramente determinista, olhar e descrever, principalmente quando se trata da geografia física. Portanto buscaremos abordar algumas possibilidades metodológicas para o ensino da Climatologia dialogada com o cotidiano dos estudantes, tendo em vista, a reflexão e a criticidade. Para isso, traremos como base teórico-metodológico Straforini (2013) e Callai (2011) para discutir e refletir sobre o ensino de geografia baseado no cotidiano dos estudantes, Bueno (2009), Souza e Alencar (2019) e Oliveira (2022) para abordar o ensino de geografia física no contexto escolar. Com esse estudo ficou perceptível que deve-se ter atenção aos conteúdos tidos como Geografia física e conteúdos tidos como Geografia humana, esses conteúdos por muitas vezes são fragmentados, totalmente descritivos, apoiado necessariamente a memorização de nomes, lugares, aspectos gerais, sem ter uma adesão de uma ordem social e natural. Logo, o estudo da Geografia física necessita de uma abordagem que possibilite a construção do diálogo entre a natureza e o homem. No caso da Climatologia, com foco nos fenômenos naturais e questões socioambientais, tendo a em vista a construção de um arcabouço teórico-metodológico que possibilite o aluno estabelecer relações entre o conteúdo e seu cotidiano.