A história da educação no Brasil é marcada, ao longo dos anos por desigualdades e exclusões. As populações negras e indígenas, bem como suas histórias, culturas e contribuições nas diversas áreas do conhecimento não são acolhidas e inseridas nos currículos escolares, mesmo após a promulgação das leis 10.639/03 e 11.645/08. Essas legislações obrigam as instituições de ensino a incluírem a história e cultura afro-brasileira, africana e indígenas em seus currículos. A discussão acerca da diversidade étnico-racial, do racismo e do preconceito são imprescindíveis no meio social e educacional. Diante desse contexto, esse trabalho buscou analisar a formação inicial dos graduandos em licenciatura em Química no que diz respeito à diversidade étnico-racial a partir das atividades desenvolvidas pela disciplina de Psicologia da Aprendizagem. Esse estudo de caráter qualitativo foi desenvolvido com alunos do curso de licenciatura em Química do 3° período do Instituto Federal do Rio Grande do Norte/Campus Apodi. Consistiu na análise discursiva da realidade vivenciada pelos alunos, tanto na sua formação inicial quanto em sociedade e família a partir do conteúdo Novos arranjos sociais, familiares e suas implicações na escola: Diversidade étnico-racial. A discussão entre as diversidades Étnico-Raciais e a área da química, bem como suas implicações no campo da formação de professores, mostrou as dificuldades enfrentadas no tratamento dessa temática, bem como, as possibilidades geradas com esse trabalho, uma vez que contribui para que os futuros docentes tenham uma visão crítica para a sua formação, buscando uma da educação emancipatória e valorizando as diversas culturas existentes por meio de uma pedagogia antirracista. Diante do cenário de desigualdade racial ainda prevalente nos sistemas educacionais brasileiros, a abordagem do tema na formação docente é essencial para a preparação de profissionais cada vez mais aptos a abordarem questões raciais dentro de sala de aula.