Os surdos, em diversas cenas enunciativas, têm procurado conviver com grandes diferenças, dentre elas a mais marcante, a linguística. Por intermédio das relações sociais, o sujeito tem possibilidade de acepção e representação de si próprio e do mundo, definindo suas características linguístico-discursivas e socioculturais diante dessas vivências sociais. As fronteiras entre as línguas de sinais e orais fazem com que os interlocutores busquem estratégias que se efetivem ou facilitem o processo de aprendizagem. Quadros (2005) argumenta que a língua portuguesa é uma língua de modalidade oral-auditiva e a Libras tem como modalidade de comunicação o canal viso-espacial. Dessa forma, a imagem dessa palavra gerada na mente deste sujeito surdo é realizada visualmente. O objetivo deste trabalho é analisar os indicadores de rendimento em Língua Portuguesa, com foco em leitura por estudantes Surdos do 9º ano do Ensino Fundamental, segundo o Relatório Saeb com dados de 2017 (Brasil, 2019) pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e compreender os sistemas de avaliação da educação no Brasil sobre o desempenho de alunos sob regime de inclusão na Prova Brasil. Os resultados parciais apresentam que um dos principais objetivos deste mecanismo de monitoramento é a criação de políticas públicas voltados à qualidade e à efetividade do ensino ministrado nas escolas das redes públicas, produzindo informações sobre os níveis de aprendizagem em Língua Portuguesa (Leitura) e em Matemática, fornecendo resultados para cada unidade escolar participante bem como para as redes de ensino em geral, contudo os resultados não apontam as diferenças individuais dos alunos, a saber, o Surdo, buscando discutir a influência da linguagem viso-espacial no processo de aprendizagem desses sujeitos.