A colonização dirigida no Estado de Rondônia, iniciada em 1970, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, proporcionou a entrada de pessoas te todas as regiões brasileiras, entre elas, do Vale do Paraíba, região conhecida pelas fazendas dos Barões do Café no período imperial. Inicia-se nesse período o plantio dessa rubiácea nos assentamentos rondonienses para fins domésticos, com evolução substancial ao ponto de ser considerado em 2021 o quinto maior produtor de café no Brasil, além de prêmios com a produção de café fino e exportação desses grãos para países europeus. O estudo tem por objetivo central a analise do uso e ocupação do território para a cafeicultura familiar no estado de Rondônia e sua influência no ordenamento territorial. De forma específica, evidencia-se a dinâmica geográfica do Café; identifica-se às políticas públicas a partir de atores sociais, econômicos e institucionais quanto a inserção sócio-territorial do agricultor familiar no agronegócio; e é assinalado os indicativos socioeconômicos sobre o cultivo do Café em cooperativas. Foi adotada a abordagem quali-quantitativa, na produção cartográfica foram resgatados dados históricos, no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O alcance da pesquisa é exploratório-descritivo, com o uso da analise de conteúdo para os fatores históricos, com a base metodológica geográfica na analise da situação atual em que contempla o passado, o presente e apresenta projeções. Os principais resultados evidenciaram momentos de apogeu e crise na evolução técnico-científico da cafeicultura; o pólo cafeeiro em Rondônia culmina com os espaços destinados aos Projetos Integrados de Colonização e aos Projetos de Assentamento Dirigido; o processo de territorialização da cafeicultura apresenta indicativos sistêmicos para uma Geografia propícia para o implemento de Arranjos Produtivos Locais que leva a inserção do produtor no agronegócio, sem que perca suas características de agricultura familiar.