O objetivo da pesquisa foi descrever quais os principais entraves e descobertas feitas pelos estudantes de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas de Fortaleza no que diz respeito à condução de atividades remotas. A problemática que deu origem a pesquisa está relacionada ao Ensino Remoto Emergencial, decorrente da pandemia de COVID-19, e seus impactos sob a perspectiva dos estudantes de IES, salientando lacunas existentes nesse processo de adaptação do presencial ao remoto, bem como, que agentes podem contribuir para sua reparação. Realizou-se uma pesquisa quantitativa descritiva pautada em levantamento, com trinta e três estudantes de IES públicas e privadas com matrícula ativa durante o período de realização das atividades acadêmicas remotas nos anos de 2020 e 2021. O estudo foi dividido em três fases: planejamento, coleta e análise de dados. Na etapa de planejamento, foi organizado o projeto da pesquisa e elaboração do instrumento de coleta de dados. Na etapa de coleta de dados o convite para a pesquisa foi enviado através das Redes Sociais. A terceira etapa, a de análise de dados, foi pautada em elementos da estatística descritiva: cálculo das frequências absolutas e relativas das variáveis de forma comparativa. Foram criadas sete categorias para análise: canal de comunicação com a instituição de Ensino Superior, principais dificuldades, retorno presencial, pontos positivos e negativos do Ensino Remoto Emergencial, “trancamento” ou evasão; políticas públicas de apoio. A organização dos dados e os cálculos foram realizados a partir do uso de planilha eletrônica. Foi possível inferir que, a escassez de recursos físicos, bem como a ausência de orientação pedagógica por parte das IES impactaram significativamente o processo de aprendizagem dos estudantes nesse período. Os fatores mencionados foram: fatores psicológicos e a limitação ou escassez de recursos financeiros de apoio à permanência estudantil.