Dentre os diversos transtornos que afetam idosos, a depressão merece especial atenção, visto que apresenta prevalência elevada e consequências negativas para a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. A doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos de idade. Dessa forma, esse estudo objetiva identificar os fatores neuropsicológicos associados a depressão na pessoa idosa. Para isso, foi realizado uma busca na base de dados SCOPUS através das palavras-chave Idoso, Depressão e Neuropsicologia nos últimos cinco anos (2018-2022). Enquanto resultados, destacam-se que idosos com depressão tardia apresentaram déficits de atenção e função executiva, os com depressão recorrente apresentaram déficits de memória episódica e provável disfunção de lobo temporal. Assim, estudos sugerem que a depressão está associada a déficits cognitivos e funcionais, mesmo em pacientes com sintomas depressivos menos graves e apontam a presença de déficits neuropsicológicos em Episódio de Depressivo Maior, esses déficits cognitivos mais comumente afetados são: evocação após intervalo de tempo, aquisição da memória, atenção, concentração, flexibilidade cognitiva e abstração. Estudos apontam ainda que as funções cognitivas de pacientes com Transtorno Depressivo Maior, podem variar de preservada a extremamente prejudicada, tornando, com isso, difícil a descrição das disfunções cognitivas que podem fazer o diagnóstico diferencial entre depressão e demência em idosos. Dessa forma, conclui-se que a depressão não deve ser considerada somente uma alteração bioquímica ou psicológica, mas de ambos. Dessa forma, a depressão deve ser entendida e avaliada sob múltiplos aspectos, e daí a importância de uma equipe multidisciplinar visando a uma melhor qualidade de tratamento e mais estudos para o melhor entendimento do processamento cognitivo e suas correlações neuroanatomofuncionais.