O crescente envelhecimento populacional no Brasil, associado aos fortes impactos da institucionalização na população idosa, no que diz respeito aos fatores sociodemográficos e psicológicos tem sido alvo de pesquisas em saúde pública. Neste contexto, objetivou-se investigar sintomatologia depressiva em idosos em situação de institucionalização. Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva, do tipo transversal norteada pela ferramenta STROBE, com 79 idosos institucionalizados em instituições de longa permanência no ano de 2018, no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram: Questionário sociodemográfico e Geriatric Depression Scale. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e estatística inferencial. Dentre os 79 idosos participantes, a maioria era do sexo feminino, com idade superior a 70 anos, alfabetizada, sem conjugue, com filhos e renda mensal de até um salário mínimo. Foi identificado predomínio de sintomas depressivos entre homens, acima de 70 anos, com renda de 1 salário mínimo, alfabetizados e sem relacionamento. Conclui-se que o processo de envelhecimento possui desafios neuropsicológicos e comportamentais, e que os rebatimentos sociais do contexto de institucionalização, principalmente de homens, podem contribuir para o surgimento de sintomas de depressão. Estes dados apontam para a necessidade de novas pesquisas que produzam estratégias de cuidado para população idosa em instituições, considerando os fatores relacionados à saúde mental como primordiais para um envelhecimento saudável.