Este estudo retrospectivo de caráter epidemiológico tem por objetivo descrever os casos confirmados da malária, na região nordeste do Brasil no período de 2010-2019, correlacionando-os com o respectivo controle da doença e seus desafios intrínsecos na erradicação da patologia, além de correlatar a morbidade dessa doença infecciosa em idosos. Tratou-se de uma pesquisa investigativa, documental, de abordagem descritiva quantitativa, baseada em coletas de dados secundários, obtidos através do SINAN. O total de casos confirmados no Brasil foi de 7.457 e o Nordeste destacou-se, 19% (1407), no entanto, houve um aumento significativo dos casos nos últimos anos, 2018 de 127,4% e 2019 de 50%, em relação ao ano antecedente de 2017. Referente à notificação de casos, o Piauí denotou o maior índice no total, apresentando 30,3%. A população com idade de 20-39 anos (56,6%) se mostrou mais susceptível, ademais, referente ao gênero, o sexo masculino apresentou maior vulnerabilidade ao risco de infecção. Os casos confirmados de acordo com a raça, a cor parda foi prevalente, 70% (985) ao todo. Onde, o Plasmodium vivax 67 % (943) seguida do P. falciparum 25.6 % (361), apresentou prevalência em todas as regiões, entretanto, observou-se que o Piauí 77% (276) teve o maior número de casos de notificação para a combinação dessas duas espécies nesse período. Ressalta-se a importância deste levantamento epidemiológico longitudinal devido à escassez das pesquisas sobre a Malária e principalmente as relacionadas à região nordeste. Espera-se que este estudo sirva para contribuir com o manejo, acompanhamento e notificação dos casos para a patologia, bem como a redução da morbi-mortalidade à medida que ocorre a senescência.