Diversos fatores justificam o desenvolvimento dos processos de separação por membranas (PSM), pois são relativamente simples e fáceis de serem operados, são energeticamente econômicos, práticos e produzem um efluente de boa qualidade, facilitando seu reuso no processo industrial. Trata-se de uma tecnologia de separação que, não envolve mudança de fase, o que garante uma economia no consumo de energia, se comparado aos processos tradicionais. As membranas são classicamente definidas como barreiras semipermeáveis capazes de separar duas (ou mais) fases, restringindo total ou parcialmente o transporte de espécies químicas presentes na solução. A técnica de inversão de fases é o método mais utilizado para obtenção de membranas poliméricas, onde consiste na separação de um sistema inicialmente homogêneo em duas fases distintas. A partir dessa técnica foram obtidas membranas, utilizando fibras sintéticas de poliamida (PA 66) descartadas pela indústria. Foi utilizado ácido fórmico (AF), para a dissolução dessas fibras e adição de 1, 3 e 5% em peso de zinco (Zn) para produção das membranas híbridas. Também foi utilizado o sal cloreto de magnésio (MgCl2) em todas as membranas. As membranas foram caracterizadas pelo ângulo de contato e permeação a vapor d’água. A membrana pura de PA66 apresentou um AC de 47,90º, valor este superior aos obtidos pelas membranas híbridas de 1, 3 e 5% em peso de Zn, que foram de 32,30º, 27,23º, 22,43º, respectivamente. Com relação a permeação a vapor d’água as membranas híbridas tiveram valores superiores a PA66 pura. Portanto, a partir dos resultados as membranas com adição de Zn apresentaram menores valores de ângulos de contato correspondendo a uma maior hidrofilicidade. a permeabilidade ao vapor de água tende a seguir a mesma tendência da hidrofilicidade, que aumentou com a adição de Zn.