A Interação Medicamentosa (IM) é um episódio clínico onde os efeitos de um fármaco são anulados, minimizados ou potencializados pela presença de outro fármaco, alimento ou bebida. Os protocolos antineoplásicos são realizados mediante a administração concomitante de múltiplos antineoplásicos com mecanismo de ação semelhantes ou distintos para obter maior efetividade no combate às células cancerígenas, promovendo a ocorrência de IM. Este trabalho tem como objetivo destacar a importância das IMs na combinação dos medicamentos nos protocolos antineoplásicos através de uma tabela de interações de antineoplásicos, discorrendo sobre os mecanismos de ação em que se baseiam e como a farmacocinética das drogas interage de forma benéfica no resultado terapêutico final e também apresentar manejos para as interações prejudiciais à saúde do paciente. Trata-se de revisão bibliográfica, descritiva e qualitativa nas bases de dados: SciELO, LILACS, PubMed e Google Acadêmico, também em bulas profissionais de medicamentos e livros de oncologia. Os dados foram compilados em uma tabela com as interações medicamentosas dos protocolos antineoplásicos, mecanismos de ação e possíveis manejos. Na oncologia, existem interações importantes e imprescindíveis para aumentar a efetividade de um tratamento ou mesmo reduzir reações adversas que poderiam ser fatais. Um exemplo é o ácido folínico que diminui a citotoxicidade do metotrexato ao se converter em tetra-hidrofolato e a mesna que reage quimicamente com os metabólitos urotóxicos da ifosfamida, resultando em sua detoxificação. O farmacêutico oncológico é um profissional de extrema importância para essa área de atuação, pois atua avaliando a terapêutica dos pacientes, identificando as IMs e realizando as devidas conciliações medicamentosas para assim prevenir possíveis danos à saúde dos usuários. Além disso, é responsável por realizar os cálculos farmacêuticos e manipulação dos quimioterápicos contribuindo para a segurança e bem estar dos pacientes.