O presente trabalho trará fundamentações histórico-filosóficas sobre a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) e como esta teoria pedagógica busca garantir o pensamento de criticidade para com os docentes e discentes dentro do ambiente escolar. Nesse segmento, o filósofo italiano, Antonio Gramsci (1891-1937), em sua realidade concreta, ajuda-nos a pensar o caráter alienante e desalienante da educação, sendo a escola reprodutora dos interesses da classe hegemônica. Partindo desses pressupostos, a pesquisa em tela tem como objetivo destacar as aproximações entre Gramsci e a Pedagogia Histórico-Crítica, bem como as contribuições para uma educação de caráter emancipador. Quanto à metodologia, fundamentada-se através de uma pesquisa de cunho teórico-bibliográfico (GIL, 2002), onde foram realizados fichamentos, análises, debates e reflexões sobre diversos textos e autores que abordam esses estudos, como Gramsci (1999; 2001) e Saviani (1983; 2014). Além disso, a leitura de autores que se dedicam a estudar e compreender os fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica e das categorias gramscianas foi essencial para esse estudo, como Martins (2021) e Sobral (2010). Nessa esteira, foi utilizado o Materialismo Histórico-Dialético de Marx (2017) como método de análise para se debater e pensar criticamente os fundamentos e categorias gramscianas, como Escola Unitária e Hegemonia. Dessa forma, segundo Martins (2021), observou-se que ao propor a Escola Unitária, Gramsci reconhece o caráter imanente da educação e aponta esta como não reprodutivista, assegurando a necessidade de fazer com que os educandos conheçam o mundo e os problemas presentes nele. Nessa esteira, Saviani (1983) pontua que a educação deve trazer o educando à reflexão, através da problematização, da reflexão e da crítica, fazendo com que a cisão entre trabalho manual e trabalho intelectual, que perdura desde o fim da comunidade primitiva, seja superada.