O Brasil destaca-se pela diversidade de fontes alternativas de energia mais sustentáveis devido a sua localização e por possuir um vasto território litorâneo, o que lhe proporciona um alto desempenho para utilização da energia advinda dos ventos e do sol. Nessa perspectiva, o estado do Ceará se sobressai por ser uma área que recebeu investimento para acomodação de vários complexos eólicos em seu território, como por exemplo, o complexo eólico de Aracati, motivo desse estudo. Contudo, na construção e instalação desses empreendimentos, muitas vezes não é levado em consideração os malefícios que a sua implementação pode causar na sociedade em que o complexo será inserido, ocorrendo de os pontos negativos ultrapassarem os pontos positivos. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar o conflito socioambiental devido a implementação do parque eólico na Comunidade Tradicional do Cumbe. Para alcançar tal finalidade, foram utilizadas a roda de conflito e a progressão do conflito com o intuito de identificar quais foram as origens dessa divergência e analisar o seu desenvolvimento. Como conclusão, obteve-se que o empreendimento não considerou o modo de vida local e que a sua implementação acarretou mais prejuízos que benefícios. Além disso, a falta de diálogo entre as partes envolvidas favoreceu que a disputa progredisse.