A fase aquosa presente no petróleo é incorporada ao óleo como uma emulsão água-em-óleo comumente chamada de água produzida (AP), que pode ser originada de águas de formação ou é uma mistura destas com injeção de água (água do mar, por exemplo), essa água além de reinjetada nos poços, pode ser, também, reutilizada na plataforma ou pode ser descartada ao meio ambiente, para qualquer fim, ela deve ser caracterizada para obtenção de informações sobre suas propriedades físicas e químicas. Embora a AP contenha várias espécies químicas diferentes que possam ser adversas ao impacto ambiental ou às operações de plataforma/poço de petróleo, o determinante de maior importância é a concentração residual de óleo e de sais, a remoção desses poluentes na água apresenta-se como um dos problemas centrais em relação a questão da remediação ambiental. Este trabalho tem como objetivo caracterizar físico-quimicamente a AP coletada em um poço, onshore, doada pela empresa Phoenix O&G, no município de Mossoró-RN. Todos os parâmetros físico-químicos foram analisados em triplicata, de acordo com metodologias descritas no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. A água produzida analisada apresentou o teor de óleo e graxas e a turbidez acima do limite máximo permitido (LMP), os demais resultados como pH, acidez, alcalinidade e densidade estão dentro dos LMP da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONANA), órgão que regulamenta a AP. Com isso, conclui-se que esta água deve passar por tratamento adequado para não danificar as tubulações, nem comprometer o meio ambiente, caso seja descartada.