Durante a pandemia da covid-19 a ausência de medicamentos para controlar o número de mortes e amenizar os sintomas da doença, fez com que a alguns fármacos que possuíam atividade antiviral em testes in vitro ficassem em alta com a justificativa de que iriam reduzir os sintomas e até preveniria a manifestação da doença. Entretanto, o medicamento não obteve sucesso no combate ao SARS-CoV-2 nos humanos e ocasionou um grave problema de saúde pública: a automedicação. Um dos fármacos mais utilizados durante o período de pandeia foi a Hidroxicloroquina. Sendo assim, foram analisadas as alterações toxicológicas causadas pelo medicamento em organismo-teste vegetal. Neste estudo, foram realizados o teste de germinação e teste de antimutagenicidade em Allium cepa tratadas com o fármaco Hidroxicloroquina para a observação macroscópica de cada semente germinada. Além disso, as sementes foram medidas com o auxílio de um paquímetro digital, e também foram analisadas as características morfológicas, sendo as mesmas classificadas em categorias de acordo com as regras de análise sanitárias de sementes. Foi observado que, nos tratamentos que continham dosagens maiores, houve um aumento no número de sementes germinadas, no tamanho das radículas, e nas alterações da morfologia da raiz. Estes parâmetros indicam toxicidade. Somado a isso, no teste de antimutagenicidade, o medicamento mais igual concentração de sulfato de cobre a 0,06 g/L favoreceu a germinação e o crescimento das raízes, contudo, também houve um aumento no número de alterações das raízes também aumentou. Isso pode ter ocorrido devido ao desenvolvimento acelerado de células, que possibilita o maior surgimento de anomalias.