ARRUDA, Lucileide Procópio De et al.. . Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/8054>. Acesso em: 23/11/2024 20:28
RESUMOEsta pesquisa tem como objetivo analisar como a Escola Agrícola Assis Chateaubriand de Lagoa Seca constituiu-se como uma referência local, estadual e regional no ensino técnico em Agropecuária. No ano de 1962, a Associação Rural da Paraíba criou o Ginásio Agrícola e o doou para a URNE (Universidade Regional do Nordeste) no ano de 1968. A instituição passou a se chamar Escola Técnica Agrícola Assis Chateaubriand no ano de 1974 e, com a estadualização da URNE, na década de 1980, integra-se ao Campus II da Universidade Estadual da Paraíba- UEPB. Esta instituição de ensino técnico em Agropecuária interessa-se pela formação técnica profissional de jovens rapazes e moças de diferentes camadas sociais da cidade de Campina Grande e Lagoa Seca, além de municípios vizinhos e de outros estados. A referida instituição de ensino funcionava inicialmente em locais provisórios, mediante as dificuldades financeiras e estruturais, passando, no ano de 1967, a localizar-se distante 2 km do centro da cidade de Lagoa Seca-PB e 10 km do centro da cidade de Campina Grande-PB. A criação da Escola Técnica Agrícola Assis Chateuabriand ocorreu em um cenário histórico em que o Estado militar investia na educação de nível técnico como estratégia da política desenvolvimentista. Destarte, passou a entender que a educação para o trabalho seria um caminho promissor para o crescimento econômico almejado, no âmago de uma política desenvolvimentista, que expandiu os espaços educacionais de jovens rapazes e moças na formação técnica em diferentes atividades profissionais. Porém, por meio da História Oral, especificamente das entrevistas com ex-funcionários/as da instituição e ex-professores/as, compreendemos que as verbas destinadas à manutenção da Escola Agrícola Assis Chateaubriand eram irrisórias. Diante dos dados levantados, percebemos que os investimentos federais se destinavam em maior proporção para as escolas técnicas que qualificavam jovens estudantes para profissões ligadas à indústria e às novas tecnologias que se expandiam no processo de modernização em nível local, regional e nacional, ficando a cargo do governo do Estado e das estratégias do diretor da escola, professor Joaquim Vitoriano Pereira, encontrar formas para garantir o seu funcionamento.