DISCORREMOS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE SOCIABILIDADE E POSSIBILIDADE DE EXPRESSÃO SEXODISSIDENTE, ATRAVÉS DOS RESULTADOS DE DUAS PESQUISAS: 1) SOBRE CONTEXTOS SOCIAIS, RESPOSTAS PROGRAMÁTICAS E MARCAÇÕES SUBJETIVAS NA VULNERABILIDADE AO HIV/AIDS DE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS; E 2) SOBRE COLETIVOS SEXODISSIDENTES E ARTIVISMOS, AMBAS REALIZADAS EM RECIFE. PARTIMOS DA PERSPECTIVA DECOLONIAL E SEXODISSIDENTE, QUE NEGRITAM A ORGANIZAÇÃO SOCIAL OPRESSORA COMO SISTEMA NECROPOLÍTICO A SE COMBATER, BEM COMO A INDISSOCIABILIDADE DO PATRIARCADO AO CAPITALISMO E AO RACISMO, RESSALTANDO QUE O SISTEMA SEXOPOLÍTICO CISHETEROSSEXISTA TAMBÉM COMPÕE ESSA ESTRUTURA “HETEROCAPITALISTA” GENOCIDA. TOMANDO A QUESTÃO DA SOCIABILIDADE COMO MOTE, QUESTIONAMOS COMO AS PESSOAS SEXODISSIDENTES PRODUZEM BRECHAS NO SISTEMA, CONVIVENDO, SE RELACIONANDO, INDO A FESTAS, PARTILHANDO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS, CRIANDO E CONSTRUINDO ESPAÇOS DE SOCIABILIDADE QUE POSSAM SER SEGUROS E LIVRES DE OPRESSÃO PARA VIVENCIAREM E EXPRESSAREM SUAS SEXUALIDADES. NA PRIMEIRA PESQUISA, FEITA COM HSH ENTRE 18 E 56 ANOS, ENTRE 2018 E 2020, CONSTRUÍMOS MAPAS TERRITORIAIS DE SOCIABILIDADE OFF-LINE NO RECIFE, TERRITÓRIOS LGBTQIA+, COMO CIRCUITO DE ENTRETENIMENTO. A SEGUNDA PESQUISA TRABALHOU DE 2017 A 2019, COM COLETIVOS SEXODISSIDENTES DO RECIFE, QUE COMBINAM EM SUAS AÇÕES DIVERSAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS E ABORDAM CRITICAMENTE QUESTÕES RELACIONADAS A DISSIDÊNCIAS SEXUAIS E DE GÊNERO, NUMA PERSPECTIVA ANTINORMATIVA. EM AMBAS EXISTE A PROPOSTA DE QUE ESTES SEJAM ESPAÇOS SEGUROS PARA ENCONTROS, EXPERIMENTAÇÕES E EXPRESSÕES SEXODISSIDENTES. PRETENDEMOS TRAZER DETALHES DE CADA PESQUISAS, BUSCANDO REFLETIR SOBRE PRODUÇÕES DE BRECHAS NO SISTEMA, ATRAVÉS DA SOCIABILIDADE E DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS DE ENFRENTAMENTO E RESISTÊNCIA, MAS TAMBÉM DE CELEBRAÇÃO DE NOSSAS VIDAS.