AS QUESTÕES DE GÊNERO PRESENTES NA ESCOLA PODEM SER ABORDADAS À LUZ DAS ESPACIALIDADES CONSTITUÍDAS PELOS ALUNOS E ALUNAS. O USO E OCUPAÇÃO, AS VIVÊNCIAS, EXPERIÊNCIAS E PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES SOBRE OS DIVERSOS ESPAÇOS QUE COMPÕEM A ESCOLA PODEM SER REVELADORES SOBRE OS PAPÉIS DE GÊNERO E SUAS HIERARQUIAS, ALÉM DE AUXILIAR O DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS COM VISTAS A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA PLURAL. NESTE TRABALHO, ABORDO OS RESULTADOS DE UM PROCESSO DE MAPEAMENTO PARTICIPATIVO REALIZADO EM TRÊS AGRUPAMENTOS ESCOLARES LOCALIZADOS NA CIDADE DE LISBOA, PORTUGAL, EM QUE O CAMPO DE JOGOS EMERGIU COMO UM ESPAÇO SIGNIFICATIVO DAS HIERARQUIAS DE GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER PRESENTES NAS ESCOLAS. ATRAVÉS DOS MAPAS PRODUZIDOS PELOS PRÓPRIOS ESTUDANTES ANALISO AQUI QUATRO DESTES ASPECTOS, TENDO COMO REFERÊNCIA TEÓRICA AS GEOGRAFIAS FEMINISTAS E EMOCIONAIS: (I) A OCUPAÇÃO PERIFÉRICA DO CAMPO DE JOGOS PELAS ALUNAS; (II) AS AÇÕES REGULATÓRIAS UTILIZADAS PELOS RAPAZES SOBRE ESTE ESPAÇO; (III) O PROCESSO DE INTERDIÇÃO EMOCIONAL QUE SE COLOCA PARA AS MENINAS NO CAMPO DE JOGOS; (IV) O PERFIL DAS ALUNAS QUE CONSEGUEM “ADENTRAR” NESTE ESPAÇO INTERDITO, ASSIM COMO AS IMPLICAÇÕES DA TRANSGRESSÃO DESTA FRONTEIRA DE GÊNERO.