O PRESENTE ESTUDO OBJETIVA ANALISAR PERFIS DO APLICATIVO GRINDR, VOLTADO PARA RELACIONAMENTOS NA COMUNIDADE GAY, BISSEXUAL, TRANSSEXUAL/TRANSGÊNERO/AS E QUEER. O APLICATIVO QUE, USA FERRAMENTA DE GEOLOCALIZAÇÃO DOS APARELHOS PARA CONECTAR USUÁRIOS/AS, FORNECE A OPÇÃO DE FILTROS PARA AJUDAR O/A USUÁRIO/A A ENCONTRAR POTENCIAIS PARCEIROS/AS, NÃO PROÍBE A CRIAÇÃO DE NOMES FICTÍCIOS E NEM EXIGE A UTILIZAÇÃO DE FOTOS OU EXIBIÇÃO PÚBLICA DA IDADE. A ANÁLISE DOS PERFIS FOI FEITA À LUZ DA TEORIA DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO, DAS DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E PERFORMANCE E DA LEITURA CRÍTICA SOBRE O MERCADO DE DISPOSITIVOS DE REDES SOCIAIS E DA SOCIOLOGIA ECONÔMICA PARA OS APLICATIVOS DE AFETO. O ARCABOUÇO TEÓRICO DO PRESENTE ESTUDO ESTÁ BASEADO EM ALVES (2005), JARDIM (2017) E ILLOUZ (2011). BUSCAMOS OBSERVAR EM QUE MEDIDA O APLICATIVO REPRESENTA, DISCURSIVAMENTE, A MANIFESTAÇÃO DE PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS SOCIAIS BASEADOS NO MACHISMO E NA CONSTRUÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO DE PADRÕES DE CORPO E COMPORTAMENTO DENTRO DA COMUNIDADE LGBTQIAP+. COMPREENDEMOS QUE, A HIPERVALORIZAÇÃO DA PERFORMANCE DE GÊNERO DO “MACHO”, NO APLICATIVO, TRADUZ O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE MASCULINA QUE, SE CONSTITUI A PARTIR DA NEGAÇÃO E REPETIÇÃO ESTÉTICA DE GESTOS E DISCURSOS ASSOCIADOS AO ÓDIO E EXCLUSÃO DAQUELES QUE NÃO COMPROVAM SUA MASCULINIDADE COMPULSIVA.