O PRESENTE TRABALHO INVESTIGOU A PERSPECTIVA DE RELIGIOSIDADE QUE SE MANIFESTA NA MEMÓRIA DISCURSIVA DAS NARRADORAS DO ROMANCE “TORTO ARADO”. POSTO ISTO, ELABOROU-SE UMA DISCUSSÃO ACERCA DO ESTIGMA QUE AS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRO-BRASILEIRA CARREGAM, A RELAÇÃO QUE AS PERSONAGENS DESENVOLVEM COM O JARÊ, E O CONFRONTO GERADO PELA TENTATIVA DE SUBALTERNIZAÇÃO DE UMA CULTURA MARGINALIZADA. OS PRECEITOS METODOLÓGICOS QUE NORTEIAM O ARTIGO EM QUESTÃO VISAM ESTABELECER UMA ÓTICA OBSERVACIONAL QUE POSSA SUPRIR A IMPORTÂNCIA DO JARÊ PARA A CONSTITUIÇÃO PESSOAL DAS PERSONAGENS, ATRAVÉS DE UMA ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA. PARA TANTO, FORAM UTILIZADAS AS CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE SILVA (2012), ARAÚJO E ACIOLY (2016), BANAGGIA (2017) E ENI ORLANDI (2012). O PAPEL DA MEMÓRIA DISCURSIVA PARA A INTERPRETAÇÃO DO ROMANCE É CRUCIAL, VISTO QUE É POSSÍVEL, POR MEIO DELA, ENXERGAR AS PECULIARIDADES QUE O AUTOR ATRIBUI A CADA PERSONAGEM, E COMO ELAS VIVENCIAM O CREDO, UTILIANDO-O COMO PILAR PARA SUPERAR OS OBSTÁCULOS. É EVIDENTE O QUANTO A MATERIALIZAÇÃO DE UMA IDEIA COMO A DE “TORTO ARADO” TRAZ À LUZ DEBATES ATÉ ENTÃO SILENCIADOS PELAS MÃOS MODALIZADORAS DO ESTADO, AFLORANDO O SENTIMENTO REVOLUCIONÁRIO ADORMECIDO NO CORAÇÃO DE SEUS LEITORES.