O ENCARCERAMENTO NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO RESTRINGE-SE AO CONTROLE SOCIAL, DESTITUÍDO DE POTENCIAL TRANSFORMADOR DA REALIDADE, CONDUZ MULHERES DISSIDENTES AO COMPLETO ABANDONO AFETIVO. ESTE TRABALHO RELATA A EXPERIÊNCIA DE CINCO DOUTORANDAS VINCULADAS AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO, LOCALIZADO NA REGIÃO SUL DO BRASIL, NA EXECUÇÃO DA AÇÃO EXTENSIONISTA INTITULADA “RESSIGNIFICANDO LIBERDADES”. A AÇÃO DELINEOU-SE EM UMA PESQUISA PARTICIPANTE ALICERÇADA NAS PRÁTICAS CIRCULARES E NA RODA DE CONVERSA. AS ATIVIDADES FORAM REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA, PARANÁ, EM 2019 E OBJETIVARAM CONHECER NECESSIDADES, SENTIMENTOS E EXPERIÊNCIAS DE MULHERES EM CONFLITO COM A LEI PENAL. PARTICIPARAM DOS CINCO ENCONTROS, ALÉM DAS ACADÊMICAS, SETE MULHERES, EGRESSAS DO CÁRCERE OU NO CUMPRIMENTO DE PENALIDADES ALTERNATIVAS, SELECIONADAS ATRAVÉS DO PROJETO UNIVERSIDADE COM JUSTIÇA. O TRABALHO ABORDA TRÊS QUESTÕES PREPONDERANTES – IDENTIDADE, MATERNIDADE E RELAÇÕES FAMILIARES. OS RESULTADOS EVIDENCIARAM A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO SEGURO PARA O COMPARTILHAR RECÍPROCO ENTRE MULHERES LIVRES E EX-PRISIONEIRAS NA LIBERDADE. LIÇÕES PROFUNDAS FORAM APREENDIDAS E CONSCIENTIZAÇÕES EMERGIRAM A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE CÁRCERE TOMADAS COM MULHERES TRANSGRESSORAS, SOBREVIVENTES ÀS REITERADAS VIOLAÇÕES EMOLDURADAS PELA DISCRIMINAÇÃO, ESTIGMA E ABANDONO FAMILIAR. DESCORTINOU-SE POR TRÁS DO CENÁRIO DA PRODUÇÃO DA VIOLÊNCIA, HISTÓRIAS REAIS COMO A DAS MÃES TRANSGRESSORAS DUPLAMENTE PUNIDAS PELA EXCLUSÃO DECORRENTE DA PENALIDADE LEGAL IMPOSTA E PELO DISTANCIAMENTO FAMILIAR QUE SE PROJETA PARA ALÉM DO CÁRCERE. A APROXIMAÇÃO E ACOLHIDA ACADÊMICA APRESENTA-SE COMO UMA NECESSIDADE E CONTRIBUIÇÃO PARA O ROMPIMENTO DO CICLO DE VIOLÊNCIA, A PARTIR DE AÇÕES COLABORATIVAS EM FAVOR DA REINSERÇÃO COMUNITÁRIA E DA PAZ SOCIAL.