A PROPOSIÇÃO DESTE TEXTO É APRESENTARMOS O BATUQUE COMO UMA VERTENTE DA RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA COMO SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA DO POVO NEGRO NO EXTREMO SUL DO BRASIL. PROPOMOS DIALOGAR SOBRE OS RITOS, OS MITOS, OS SIGNOS, OS SÍMBOLOS E A MARCA DO SAGRADO NO BATUQUE COMO ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA DO POVO NEGRO, A PARTIR DE UM CAMPO EPISTEMOLÓGICO DE PRODUÇÃO DE CIÊNCIA, QUE SE ORGANIZA POR MEIO DOS CONSTRUTOS DISTINTOS DA IDEAÇÃO BRANCA CRISTÃ EURO CENTRADA. NOSSA COMPREENSÃO PERPASSA A PERSPECTIVA DE UM CORPO COLETIVO QUE SE ESTABELECE NA TRADIÇÃO DO BATUQUE DO RIO GRANDE DO SUL POR MEIO DE FORÇA ANCESTRÁLICA EM QUE SEUS SABERES E PRÁXIS NÃO INTEGRAM UMA VISÃO OCIDENTAL CRISTÃ, DEVIDO AS SUAS RESISTÊNCIAS PARA COM ESTA MATRIZ. APRESENTAREMOS ESTE CORPO COLETIVO QUE ENTENDEMOS COMO CONSTRUÇÃO SOCIOCULTURAL – UM “CORPO E FÉ”. ESTE CORPO QUE OPERA O BATUQUE E O CORPORIFICA EM UM “CORPO-TERRITÓRIO” QUE AO NOSSO VER SE MATERIALIZA EM UM “CORPO-TERREIRO”, ELEMENTO FUNDAMENTAL DE RESISTÊNCIA DO POVO NEGRO NO SUL DO BRASIL.