ESTE TRABALHO DE PESQUISA, QUE SE CENTRA NA CANTORA EKENA, É PARTE DE UM PROJETO DE PESQUISA DE MESTRADO EM QUE ANALISO A VIDA E OBRA DE TRÊS CANTORAS EMERGENTES NA CENA MUSICAL ARTIVISTA BRASILEIRA DA ATUALIDADE -EKENA, BIA FERREIRA E KATÚ MIRIM-, PARA PENSAR COMO ELAS PRODUZEM DISCURSOS INTERSECCIONAIS ENTRE GÊNERO, SEXUALIDADE E RAÇA. A METODOLOGIA UTILIZADA É BASEADA NA INTERSECCIONALIDADE, EM DIÁLOGO COM SABERES DOS FEMINISMOS NEGRO, DECOLONIAL E QUEER, PARA ANALISAR ALGUMAS OBRAS DAS ARTISTAS, BEM COMO ALGUMAS ENTREVISTAS E PERFORMANCES ARTÍSTICAS ENCONTRADAS NA INTERNET. A ANÁLISE DA VIDA E OBRA DE EKENA, MULHER, BRANCA, GORDA A MAIOR PARTE DA VIDA, BISSEXUAL, CANTORA E COMPOSITORA, EVIDENCIA TEMAS COMO ENCONTROS, DESENCONTROS, PARTIDAS, DESPEDIDAS, JURAMENTOS. SEU PRIMEIRO ÁLBUM, NÓ, DESCREVE ABISMOS, FERIDAS, DORES, CULPAS, FALTAS, SOLIDÃO. SUAS LETRAS DÃO MUITAS PISTAS DO PROCESSO SOCIALIZADOR QUE ATRAVESSA E FORMA SUJEITOS QUE SÃO IDENTIFICADAS NO NASCIMENTO COMO DO SEXO/GÊNERO FEMININO, EM QUE O CUIDADO, A DISPONIBILIDADE PARA O HOMEM, INCLUINDO TOLERAR VIOLÊNCIAS, É CONDIÇÃO PARA RECEBEREM AFETO, VALOR E AMPARO. EKENA SE IDENTIFICA COMO UMA BOA VOMITADORA DE SUAS DORES E É POSSÍVEL PERCEBER QUAIS SÃO ALGUMAS DELAS E QUAIS NÃO SÃO, PELO QUE É DITO E NÃO DITO EM SUAS CANÇÕES. EKENA NÃO TOCA EM QUESTÕES RACIAIS, DE CLASSE, MAS FALA DE GORDOFOBIA E DE SER MULHER. SEUS TEMAS REVELAM AS INTERSECÇÕES QUE LHE ATRAVESSAM E COMO O FAZEM. É NO IJEXÁ TODXS PUTXS QUE ELA CONVIDA CORPOS DIFERENTES DO SEU, COM MUITAS MAIS INTERSECÇÕES, PARA VOMITAR JUNTO.