AS ARGUMENTAÇÕES APRESENTADAS DEMONSTRAM COMO O FEMINISMO COMUNITÁRIO OPERA O CONCEITO DE TERRITÓRIO-CORPO COMO UMA FORMA DE RESISTÊNCIA AO PATRIARCALISMO, AO COLONIALISMO E AO NEOLIBERALISMO. EM OUTRAS PALAVRAS, PARA O FEMINISMO COMUNITÁRIO É POR MEIO DA DEFESA DO TERRITÓRIO E DO USO QUE FAZEM DO PRÓPRIO CORPO QUE AS MULHERES ESTABELECEM UM PROCESSO DE RESISTÊNCIA AS DIFERENTES VIOLÊNCIAS QUE SOFREM. E É ISTO QUE PROCURAREMOS DESTACAR NESTA REFLEXÃO TEÓRICA. O PRIMEIRO TERRITÓRIO A SER DEFENDIDO É O PRÓPRIO CORPO DIANTE DAS VÁRIAS VIOLÊNCIAS QUE SOFRE, COMO AS DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE. POR ISSO, É IMPORTANTE DESCOLONIZAR E TRANSCENDER O GÊNERO. O CORPO TAMBÉM É UM ESPAÇO POR MEIO DO QUAL SE CRIAM ESTRATÉGIAS DE LUTA POLÍTICA, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS: A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO LOCAL; A PROMOÇÃO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS INTERCULTURAIS; A NECESSIDADE DE DESNATURALIZAR A INVISIBILIDADE DAS MULHERES RACIALIZADAS; A SUPERAÇÃO DO IMAGINÁRIO ESTÉTICO RACISTA OCIDENTAL; O EMPODERAMENTO FEMININO; E A COLETIVIZAÇÃO DAS LUTAS NA DEFESA DOS TERRITÓRIOS E DOS CORPOS QUE SE ARTICULAM A PARTIR DO ECOFEMINISMO. DESTA FORMA, A ORGANIZAÇÃO COLETIVA DAS MULHERES NA DEFESA DA VIDA, DE SEUS CORPOS E DOS TERRITÓRIOS SE EXPRESSA COMO PRÁTICAS ATRAVESSADAS PELAS LUTAS ANTIPATRIARCAIS, ANTIRRACISTAS, ANTICAPITALISTAS E ANTICOLONIAIS (OLIVEIRA, 2021). O TERRITÓRIO-CORPO DÁ SENTIDO ÀS EMOÇÕES, SABERES E CONHECIMENTOS PARA SI E PARA O CUIDADO COM OUTROS. DAÍ DECORRE A NECESSIDADE DE COMPREENDÊ-LO, RESPEITÁ-LO E VALORIZÁ-LO.