CONSIDERANDO A EPIDEMIA DO CORONAVÍRUS, A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EVIDENCIA SUA RELEVÂNCIA PARA DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE QUE GARANTAM AS EXIGÊNCIAS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL PARA SUPRIR A DEMANDA DE EXPOSIÇÃO MÍNIMA AO CONTÁGIO. NESTA PERSPECTIVA, O ATENDIMENTO REMOTO É UMA ESTRATÉGIA SEGURA E EFICIENTE QUE PERMITE O MONITORAMENTO E SUPORTE AOS USUÁRIOS. NESTE CENÁRIO, O PROJETO DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE A CUIDADORAS INFORMAIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA “CUIDANDO DE QUEM CUIDA”, SURGINDO O “CUIDANDO DE QUEM CUIDA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19” COM O OBJETIVO DE PREVENIR A TRANSMISSÃO DO VÍRUS E CUIDAR DESTAS/ES CUIDADORAS/ES EM LAGARTO-SE (BASEANDO-SE NA DEMANDA DO MUNICÍPIO NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA) UTILIZANDO ESTRATÉGIAS REMOTAS PARA ORIENTAR E DAR SUPORTE A ESTE GRUPO POPULACIONAL. CONSIDERANDO AS AÇÕES REALIZADAS, PERCEBE-SE O EMPENHO QUASE EXCLUSIVO DE MULHERES COMO PRINCIPAIS AGENTES NO CUIDADO INFORMAL E NO TRABALHO DOMÉSTICO. NOS CASOS EM QUE O CUIDADO SE ASSOCIOU AO GÊNERO MASCULINO, A REDE DE APOIO MOSTRAVA-SE BEM DISTRIBUÍDA, ASSIM COMO AS TAREFAS DE GERENCIAMENTO COTIDIANO. ENQUANTO ISSO OBSERVOU-SE QUE AS MULHERES CUIDADORAS COMPROMETEM O AUTOCUIDADO DEVIDO À SOBRECARGA DE ATIVIDADES E CONTEXTO DO ISOLAMENTO. ENTRE OS ASPECTOS DESAFIADORES AO PROJETO TEM-SE O RECAIMENTO DAS RESPONSABILIDADES PELAS ATIVIDADES DOMÉSTICAS E GERENCIAMENTO DO CUIDAR SOBRE AS MULHERES, QUE SÃO MAJORITÁRIAS NESTE PAPEL. DESSA FORMA, PODE-SE AFIRMAR QUE OS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO ATRELADOS AO SEXO FEMININO SÃO MARCADORES A SEREM DESCONSTRUÍDOS QUANDO O ASSUNTO É O EXERCÍCIO DO CUIDADO INFORMAL DE PESSOAS DEPENDENTES NO ÂMBITO DOMÉSTICO DE ISOLAMENTO