FENÔMENO COMPLEXO, CARREGANDO EM SI AS MARCAS DA LESBOFOBIA SOCIAL E INTERIORIZADA, AO CONTRÁRIO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM RELACIONAMENTOS HETEROSSEXUAIS, A VIOLÊNCIA NOS RELACIONAMENTOS ENTRE MULHERES É BASTANTE INVISIBILIZADA. CONTUDO, É POSSÍVEL AFIRMAR QUE, NO BRASIL, A LEI MARIA DA PENHA RECONHECE A UNIÃO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO E PREVÊ PROTEÇÃO CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PRATICADA POR MULHER, CONTRA MULHER. ASSIM, A FIM DE EMBASAR ESTUDOS MAIS APROFUNDADOS PARA FUTURA TESE, O PRESENTE ARTIGO OBJETIVOU PESQUISAR E DIVULGAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO JÁ PRODUZIDO NO BRASIL SOBRE O TEMA. PARA TANTO, REALIZOU-SE PESQUISA EXPLORATÓRIA, PELOS MÉTODOS DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E DOCUMENTAL. DO ESTUDO DEPREENDE-SE QUE TODOS OS/AS PESQUISADORES/AS CHAMAM A ATENÇÃO PARA A INVISIBILIDADE E A NECESSIDADE DE MAIOR APROFUNDAMENTO NAS QUESTÕES QUE ENVOLVEM VIOLÊNCIA CONJUGAL ENTRE MULHERES, DESTACANDO-SE AS DIFICULDADES NA OBTENÇÃO DE DADOS CONFIÁVEIS, PRINCIPALMENTE NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS. CONCLUI-SE QUE: HÁ NECESSIDADE DE DESCONSTRUIR DETERMINADOS MITOS, COMO OS DE QUE VIOLÊNCIAS SEMPRE SÃO COMETIDAS POR HOMENS CONTRA MULHERES E QUE MULHERES NÃO SÃO VIOLENTAS PORQUE HÁ IGUALDADE DE PODERES ENTRE ELAS. DESTACA-SE, AINDA, QUE A VIOLÊNCIA NOS RELACIONAMENTOS ENTRE MULHERES EXISTE DE FORMA MUITO SEMELHANTE ÀQUELA QUE OCORRE EM RELACIONAMENTOS HETEROSSEXUAIS, SENDO QUE, MESMO LÉSBICAS FEMINISTAS PODEM PRATICA-LA. MAIS DO QUE UM PROBLEMA DE GÊNERO, A VIOLÊNCIA PARECE SER UMA DISPUTA DE PODER, CONTUDO, EVENTUAL EXISTÊNCIA DE HIERARQUIA NO RELACIONAMENTO REPRODUZ A ESTRUTURA DE UMA OPOSIÇÃO IDEALIZADA ENTRE MASCULINO E FEMININO, CONTEXTO EM QUE A VIOLÊNCIA TAMBÉM ENCONTRA GUARIDA.