AS SUCESSIVAS DERROTAS DOS PROJETOS DE LEI DAS CRUZADAS ANTIGÊNERO NAS ESFERAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS E FEDERAIS DO PAÍS, QUE OBJETIVAM PRINCIPALMENTE A PROIBIÇÃO DAS DISCUSSÕES EM TERMOS DE GÊNERO E DIVERSIDADE DA SEXUALIDADE, NÃO PODEM SER INTERPRETADAS COMO UMA MITIGAÇÃO DE TAIS CRUZADAS. AO CONTRÁRIO, O HETEROSSEXISMO E A LGBTFOBIA JÁ FAZIAM PARTE DO COTIDIANO ESCOLAR ANTES MESMO DA PROLIFERAÇÃO DESSAS CRUZADAS E O RECONHECIMENTO DA DIVERSIDADE DE GÊNERO E DAS SEXUALIDADES DISSIDENTES DEPENDIA DA MATERIALIZAÇÃO ESPECÍFICA DE DETERMINADOS ARRANJOS CURRICULARES E DA ATUAÇÃO DE CERTOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ENGAJADO(A)S EM UMA EDUCAÇÃO NÃO-“HETEROTERRORISTA”. NO ATUAL CENÁRIO SOCIOPOLÍTICO DE LUTA ENTRE A MITIGAÇÃO LEGAL DE PROJETOS “ANTIGÊNERO” NA POLÍTICA REPRESENTATIVA E A REPRODUÇÃO DAS POLÍTICAS “ANTIGÊNERO” NOS DIVERSOS ESPAÇOS ESCOLARES DO TERRITÓRIO BRASILEIRO, HÁ PROCESSOS SOCIOEDUCACIONAIS DE RESISTÊNCIA À NORMALIZAÇÃO DESSAS CRUZADAS? ESTA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA DE TEOR BIBLIOGRÁFICO BUSCA VISIBILIZAR AS PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA NOS MAIS DIFERENTES PROCESSOS ESCOLARES BRASILEIROS PARA SERVIR COMO SUBSÍDIO REFLEXIVO E PRÁTICO AOS DOCENTES QUE, DE CERTA MANEIRA, SÃO AFETADO(A)S PELAS PEDAGOGIAS DO MEDO, DA PERSEGUIÇÃO E DA AMEAÇA QUE AS CRUZADAS ANTIGÊNERO ALAVANCAM NOS DIVERSOS ESPAÇOS DE SOCIABILIDADE. PRELIMINARMENTE, PODEMOS LOCALIZAR A RESISTÊNCIA CONTRA ESSAS CRUZADAS EM PROJETOS EXTRACURRICULARES DE DETERMINADAS ESCOLAS BRASILEIRAS, ESPECIALMENTE, REFERENDADOS PELA OBSERVÂNCIA AOS DIREITOS EXPLICITADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E POR DOCUMENTOS OFICIAIS DE ÓRGÃOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS.