A Educação de Jovens e Adultos no Brasil tem suas raízes na época da colonização, quando os jesuítas se propuseram a catequizar os índios. Centenas de anos depois, apenas no século XX, políticas mais sólidas foram introduzidas em nosso país para a EJA. Após o exílio de Freire, em 1964, vários programas foram surgindo para esta modalidade de ensino, porém priorizando apenas técnicas elementares de leitura, escrita e cálculo. A Educação Quilombola é vista como prioridade pelo Governo Federal. O presente artigo objetiva identificar as dificuldades enfrentadas pelos alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Manoel Cândido Tenório, localizada na Comunidade Quilombola do Grilo, em Riachão do Bacamarte-PB que estudam na EJA. Nossa fundamentação teórica está baseada nos estudos de Pierro, Joia e Ribeiro (2001), Paiva, Machado e Ireland (2007) e Durante (1998). Foi realizada uma pesquisa com seis membros da equipe pedagógica (professora, coordenadores e a atual Secretária Municipal de Educação), onde os mesmos relataram em suas opiniões quais os maiores problemas enfrentados para o maior aproveitamento dos alunos da Educação de Jovens e Adultos. A presente pesquisa revelou que o trabalho diário ainda é um obstáculo para a escolarização dos descendentes de quilombos da Comunidade do Grilo em Riachão do Bacamarte-PB. O mito de que estar com idade avançada é obstáculo para o processo ensino-aprendizagem ainda é recorrente e também precisa ser desmistificado. Muitos aspectos já evoluíram na EMEIF Manoel Cândido Tenório, porém muitos problemas foram identificados e estão sendo enfrentados por toda a equipe escolar.