Este artigo traz algumas considerações sobre o ensino de LP nas escolas públicas. Na qual ocorrem as maiores frequências de alunos matriculados, onde encontramos os mesmos de vários níveis sociais e vivências culturais diversas. As observações foram realizadas com alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. José Soares de Carvalho, na cidade de Guarabira, numa faixa etária de 14 a 16 anos, em fase de experimentos e aprendizagem, visando o vestibular. Objetivamos então trazer uma reflexão sobre as práticas de linguagem utilizadas pelos professores, a partir da observação, realizada no Estágio Supervisionado II, do curso de Letras. Na observação vemos uma falta de interesse da parte dos alunos e poucos envolvimentos, mesmo a professora trazendo recursos tecnológicos e usando práticas pedagógicas inovadoras, transformando as aulas dinamizadas, envolventes, dialogadas e participativas. Trata-se de uma pesquisa-ação de caráter qualitativo, embasada nas contribuições teóricas de Irandé (2003), Geraldi (2006) e Matos (2008). Vimos que as observações são importantíssimas para reflexão das práticas educacionais existentes no cotidiano da sala de aula e as condições físicas e pedagógicas. Buscamos analisar questões que contribuem para estímulo ou desestímulo dos alunos com práticas tradicionais ou inovadoras. Os resultados da pesquisa apontam para aulas e conteúdos contextualizados e com algumas práticas não apenas centradas na gramática normativa, num encontro entre o que diz a teoria e a prática que se faz. No entanto, há também práticas decorrentes do empenho de alguns professores, e da boa relação estabelecida entre estes e os alunos. Concluiu-se que há práticas inovadoras presentes no cotidiano das aulas de língua portuguesa, no entanto, essas práticas ainda dividem o espaço com outras práticas tradicionais.