O presente trabalho tem por finalidade motivar a reflexão em torno de problemáticas significativas das temáticas: gênero, linguagem e currículo, assim como as mensagens existentes no texto: Avesso, de Jorge Vercilo. Cujos objetivos são: a) discutir, a partir das mais distintas bases epistemológicas as relações de gênero e as identidades sexuais que se subjetivam na pele tessitura literária; b) Examinar, no texto literário, o vinculo e as associações entre gênero e sexualidade. Sabemos que ao longo do desenvolvimento do movimento LGBT, certas expressões foram criadas, enquanto outras foram modificadas ou excluídas. Criaram-se conceitos importantes como “homofobia” e “heteronormatividade”, úteis para se entender as relações de poder, ao mesmo tempo em que se ressignificaram termos como “gay” e “queer” para os fins de uma identificação positiva. Outros termos, como “homossexualismo”, caíram no ostracismo por remeterem a uma patologização do desejo homoerótico. Ainda, a ideia de “opção sexual” foi sendo gradativamente substituída por “orientação sexual”. Diz-se que o desejo sexual não é uma escolha voluntária, consciente ou facultativa, senão algo difuso – que até hoje ninguém soube explicar – que se “orienta” para um determinado sexo, para vários ou para nenhum. Se o conceito de “orientação sexual” é útil, porque dispensa uma explicação sobre a possível origem do desejo sexual, ele também é vago. Estamos entendendo as identidades LGBTT como performances sexuais que desestabilizam/interpelam os discursos/entendimentos hegemônicos e/ou heteronormativos sobre o gênero. Precisamos ampliar a conscientização sobre a violência e descriminação lesbo-homo-trans-bi-fobia, além de incentivar ainda mais o respeito pelos direitos das pessoas LGBTT.