O lúdico tem conquistado seu espaço nos parâmetros nacionais, e esse espaço tem sido conquistado principalmente na educação infantil, por ser o brincar a essência da infância e assim o seu uso torna possível de maneira especial no trabalho pedagógico, possibilitando assim uma boa produção de conhecimentos. Os jogos, brinquedos e as brincadeiras fazem parte da vida da criança, seja ela em qualquer meio social, pois através deles as crianças podem viver no seu mundo de fantasias, de criações do faz de conta, de encantamento e de alegria. Os mais diversificados estudos têm criado inúmeras hipóteses que o comprometimento do desenvolvimento de linguagem da criança autista poderia ser explicado por falhas na imaginação e na capacidade simbólica. A partir disso o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade lúdica de portadores de autismo como facilitador de inclusão no processo ensino-aprendizagem na educação infantil. A pesquisa foi realizada com uma amostra constituída de 10 crianças autistas, de 3 a 4 anos, de ambos os sexos de escolas da rede privada da cidade de Campina Grande, Paraíba. O método utilizado foram os critérios propostos por Wetherby e Prutting (1984) e em seguida foi comparado o desempenho lúdico em duas situações de observação distintas: livre e dirigida. Resultados: verificamos 93,07% de uso do critério sensório-motor, nas duas situações investigadas. Existiu diferença estatisticamente significante, existindo um desempenho bastante favorável em situação dirigida, nos critérios agrupamento, formação de conjunto, funcionalidade e jogo compartilhado. Obtivemos 0% de uso do critério jogo simbólico, em ambas as situações. Concluímos que a partir do procedimento adotado nos foi permitido descrever a atividade lúdica do grupo de crianças com autismo, como caracteristicamente sensório-motora. No entanto, também se observou que a mediação da professora como mediadora deste processo inclusivo levou a criança a explorar novas formas de brincar. Essas descrições sugerem que a análise do jogo da criança portadora de autismo, com participação ativa do professor em sala de aula, pode levar à descrição de seu modo e prognóstico da comunicação.