O estudo aborda relações do estilo de vida e o contexto educacional, Desse modo surge à inquietação em estudar de que forma o perfil sociocultural e econômico dos Universitários do curso de Licenciatura em Educação Física do CAMEAM-UERN/ Pau dos Ferros-RN, influenciam na formação inicial de professores. Partindo dessa premissa o objetivo deste trabalho é compreender o estilo de vida por meio do perfil sociocultural e econômico dos discentes em formação inicial em Educação Física do CAMEAM-UERN, Pau dos Ferros-RN. E nesta perspectiva realizou-se uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, tendo como população 37 alunos de ambos os sexos matriculados no semestre 2013.2, sendo a amostra constituída por 15 alunos. O instrumento utilizado foi um questionário com perguntas abertas e fechadas, inspirado em um modelo de Setton (2004). O mesmo traçava informações pessoais, situação econômica, educacional, sociais e culturais do grupo estudado. Para análise dos dados foi utilizado o aporte teórico do sociólogo Pierre Bourdieu. De acordo como os dados obtidos foi possível desvelar que todos os sujeitos da pesquisa são solteiros de ambos os sexos, com média de idade até 20 anos. A educação recebida por esses discentes foram advindas de pais agricultores que cursaram até o ensino fundamental. Enquanto que as mães cursaram até o ensino médio, mas a profissão que prevaleceu foi a de agricultoras. Mas ainda entre esses discentes pesquisados existem mães com nível superior completo e outras que investem em sua formação continuada com pós-graduações. Com relação às informações econômicas, observou-se que onze alunos não trabalham e quatro alunos trabalham e estudam. Quanto à renda familiar nenhum apresentou renda maior que quatro salários mínimos. Três desses alunos apresentou uma renda inferior a um salário mínimo, nove alunos possuem uma renda familiar entre um e dois salários mínimos e três alunos estão situados em famílias que se mantém com dois a três salários mínimos. Com relação ao hábito de viajar nas férias, apenas dois afirmaram viajar, enquanto sete não costumam viajar e seis viajam esporadicamente. Os mesmo manifestaram-se com poucas vivências culturais, visto que dez afirmaram não estarem envolvidos com nenhuma atividade cultural, três não responderam nada e apenas dois disseram estar envolvidos com atividades como a dança e música por meio de experiências como instrumentos musicais. Com relação ao hábito da leitura cinco diz não gostar de ler, três deles não responderam e sete disseram que costumam ler com frequência. Diante do exposto pode-se concluir que apesar do estudo constatar uma baixa renda familiar, identificar poucas vivências em atividades culturais, associado ainda, ao fato de serem filhos de pais que em sua maioria apresentaram uma formação educacional comprometida, isso parece não limitar o acesso deste grupo ao nível superior, evidenciada como um dos poucos consumos culturais dos discentes, a leitura é compreendida como facilitador para neste processo de inclusão, assim sendo em virtude do grupo apresentar uma estrutura de capitais econômico e cultural relativamente baixo, poderá implicar em uma pequena participação desses alunos nos três pilares que sustentam a universidade: ensino, pesquisa e extensão.