No Brasil somente no dia 26 de setembro de 1857 fundou-se o Instituto Nacional de Educação de Surdos-Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro. Com a vinda de Mr. Huet seu fundador, programa o ensino baseado na língua de sinais francesa. Desde então o ensino de surdos no Brasil se deu de forma conjunta entre o oralismo e o gestual, somente em 2002, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, aprova a lei 10.436 em 24 de abril de 2002 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, como idioma oficial dos surdos no Brasil. É por esse viés que o trabalho busca compreender como a relação professor e estudantes ouvintes e não ouvintes se estabelecem no ensino regular, no caso da Escola de Ensino Estadual Fundamental e Médio Monsenhor Dourado, Fortaleza, CE. Para nortear o trabalho nos deparamos com a professora formada em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará, com carga horária de 200h/a, na qual em sua sala de aula “ignorava” a aluna surda, pois o que observamos foi um maior direcionamento da aula para os estudantes ouvintes. A inclusão se caracteriza então somente em colocar em uma sala de aula regular um estudante com necessidades especiais? Objetivamos entender a problemática que a professora, interprete e estudantes (ouvintes e não ouvintes) encontram para garantir um ensino-aprendizagem significante de geografia. Para isso é preciso observar as práticas didático-pedagógicas, as relações em sala de aula, as culturas e condições de trabalho. Foi então, através da pesquisa que propomos uma aula na perspectiva de dar conta as necessidades da turma tendo em vista as dificuldades relatadas pelos sujeitos da pesquisa, professora, interprete e estudantes ouvintes e não ouvintes.