Este trabalho tem por objetivo mostrar como os livros didáticos utilizados tanto em escolas públicas como nas particulares, e os currículo apresentado nos livros não privilegiam o que contempla as duas legislações que implementam a obrigatoriedade da história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica, leis 10.639/2003 e 11.645/2008, nesta última ocorre a inserção dos povos indígenas, suas histórias e culturas, na educação básica em todas as escolas do país. Após a analise dos livros em tela, foi detectado a deficiência do ensino de história no que tange ao conteúdo a ser trabalhado, a ineficácia das fontes, a estagnação da construção do pensamento, que em nenhum momento tenta desconstruir a imagem de subjulgo impostas a essas etnias, no lugar de retificar, ratificam as visões eurocentristas de ver esses povos.Apesar de uma conquista de âmbito constitucional, que tenta valorizar as raízes da nossa identidade nacional, a pesquisa mostra que os livros estudados tem discussões obsoletas e insuficientes para uma formação adequada no ensino fundamental, tanto na escola pública como na privada. E o professor que tem que cumprir o conteúdo pré-programado, em tempo ínfimo, sem o respaldo de sua principal ferramenta de trabalho? Cabe a ele a criatividade para trabalhar e o ato do cumprimento da lei.O que mais inquieta é ver avanços teóricos, concepções discutidas exaustivamente para desconstrução da exclusão e a aceitação dessas etnia como povos fundamentais para nossa formação identitária, a luta para inclusão do tema em sala de aula, reconhecimento cultural, uma lei determinada, homologada, e os livros didáticos reproduzindo conceitos de mais de quatro décadas atrás. Em linhas gerais, o que se apresenta é uma melhora sem melhorias, é uma conquista sem êxitos, onde essas questões pouco ou mesmo não trabalhadas, levam a reprodução dos equívocos e omissões dos méritos que a cultura africana e a cultura indígena tem em nossa formação, além da infração de uma lei constitucional.