Este trabalho trata-se de reflexões realizadas acerca das relações étnico-raciais e as ações afirmativas no âmbito educacional. Na educação brasileira, o sistema educacional tem sido marcado por uma relação/ cultura em que a falta de autonomia, centralização de poder, autoritarismo foram caminhos percorridos pelo sistema educacional até a década de 80. Entretanto, esse ranço tem impulsionado a implementação de várias políticas educacionais pensadas de modo a promover a democratização do ensino público e a igualdade, em âmbito nacional. Tendo em vista que a sociedade brasileira é constituída por diferentes grupos étnico-raciais que marcam, em termos culturais, como uma das mais ricas do mundo, sua história é marcada por desigualdades e discriminações, especificamente contra negros e indígenas, impedindo, desta forma, seu pleno desenvolvimento econômico, político e social. É neste sentindo, que nascem as políticas de ações afirmativas e os estudos acerca das relações étnico-raciais com o intuito de promover a igualdade entre os povos. Desta forma, as ações afirmativas em sua essência, procura promover a igualdade, assim como introduzir mudanças de ordem cultural e de convivência entre os que estão em vulnerabilidade social. No que tange as relações étnico-raciais, o propósito é além de promover uma reestruturação na base curricular da educação nacional, promover a igualdade, é também trazer para o cerne da sociedade brasileira as discussões acerca da lei 10.639/03. Nesta perspectiva, a educação brasileira tem avançado no sentindo de promover a igualdade e principalmente garantir os direitos que foram negados durante muito tempo. Assim, explicita-se como objetivo desta pesquisa, promover diálogos acerca das ações afirmativas e as relações étnico-raciais, uma vez que a educação no século XXI sinaliza importantes avanços no que diz respeito a atenção com os povos que durante sua história foram/foi estigmatizados pela sociedade.