RESUMOA discussão sobre concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa é antiga e ampla, mas também atual, e necessária, se levarmos em consideração, que o ensino de LP passa por imensas dificuldades. Mesmo em uma época de grandes mudanças e inovações, a escola ainda convive com o ensino de LP ainda vinculado à primeira concepção de linguagem, que privilegia a norma, em detrimento da diversidade linguística e cultural do Brasil. A partir de uma pesquisa bibliográfica, interpretativista de natureza qualitativa objetivou-se (re) discutir o papel das concepções de linguagem na aula de português, a partir de dois textos motivadores. Tomamos como aporte teórico a interação verbal de M. M. Bakhtin (1999) e ainda, os estudos de Geraldi (2001), Koch (1999), Fiorin (1999) e outros mais. Concluiu-se que muitos (as) profissionais de linguagem já tomaram conhecimento das concepções de linguagem e de suas implicações sobre o ensino de LP. No entanto, na sala de aula, em virtude de fatores pedagógicos, políticos e outros, acabam seguindo o que parece mais fácil, seguir as normas gramaticais, e a compreenderem enquanto aula de língua portuguesa. Crêem que assim, estão realizando o correto, cobrado pela sociedade. E ignoram, na maioria das vezes, os resultados danosos dessa prática, para a escola, para si próprio e, principalmente para os alunos das escolas públicas do país.Palavras-chave: Concepções de linguagem. Ensino. Reflexões